quinta-feira, 29 de abril de 2010

Espelho como memória

O daguerreótipo é um processo fotográfico sem negativo. Ele foi criado em 1837 pelo francês Louis Daguerre, mas só foi anunciado em 1839. Nesse mesmo ano, o inglês William Henry Fox Talbot também anunciou um outro processo fotográfico, porém esse, com negativo, o que o fez ter mais sucesso que Daguerre.
Mas, na minha opinião, o daguerreótipo é muito mais interessante que o processo com negativo. O resultado é um positivo ricamente detalhado, a fotografia é em baixo relevo e tem diversas tonalidades de cinza. E pela superfícia ser tão delicada, a foto não pode ter contato com o ar, sendo assim é protegida por um cristal/vidro.
No daguerreótipo, a imagem era formada sobre uma fina camada de prata polida, aplicada sobre uma placa de cobre e sensibilizada em vapor de iodo, sendo apresentado em luxuosos estojos decorados - inicialmente em madeira revestida de couro e, posteriormente, em baquelite - com passe-partout de metal dourado em torno da imagem e a outra face interna dotada de elegante forro de veludo.
(Fonte: www.itaucultural.org.br)

Umas das coisas que mais me encanta no daguerreótipo, é a aparência dele. Ele foi muito usado para se fazer retratos. Olhar para uma foto feita pelo daguerreótipo é muito diferente de olhar para uma feita com um processo de negativo. É muito mais real e particular. Dependendo do ângulo que se vê, não conseguimos visualizar a fotografia, e sim um espelho.
Esse é um vídeo que baixei do YouTube, que mostra como é um daguerreótipo, e mostra a diferença entre ele e o ferrótipo (tintype). Dá pra ver bem a aparência espelhada.



E só por curiosidade, aí está uma foto do daguerreótipo:


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